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Rio de Janeiro,17/06/2025

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Farmacêutica recebe verba pública para comprovar eficácia de produto de Cannabis que já comercializa

Ease Labs desenvolve métodos para validar produtos de Cannabis com apoio do CNPq, enquanto pequenos produtores ainda enfrentam barreiras legais


Farmacêutica recebe verba pública para comprovar eficácia de produto de Cannabis que já comercializa Ease Labs recebe verba pública enquanto pequenos produtores seguem marginalizados (Reprodução/Geraldo Magela/Agência Senado)

Enquanto a farmacêutica Ease Labs recebe financiamento público do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para desenvolver e validar métodos de controle de qualidade de derivados de Cannabis sativa, pequenos e médios produtores enfrentam a criminalização e restrições severas que dificultam sua atuação no mercado legal.

O CNPq, órgão público vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, aprovou um projeto que visa aprimorar a qualidade e a segurança de um produto já comercializado pela Ease Labs, por meio da aplicação de técnicas científicas avançadas que vão além dos atuais padrões regulatórios brasileiros.

Descompasso regulatório entre indústria e produtores artesanais

Enquanto isso, produtores menores, muitas vezes familiares e com pouca estrutura industrial, seguem sujeitos a ações policiais, apreensões e falta de respaldo jurídico, o que limita o desenvolvimento de uma cadeia produtiva mais inclusiva e diversificada.

Essa disparidade evidencia um paradoxo no cenário brasileiro: o setor farmacêutico canábico avança com investimentos públicos e busca legitimação científica, ao passo que os pequenos produtores permanecem marginalizados, mesmo tendo papel fundamental no fornecimento e no conhecimento tradicional da planta.



Ease Labs testa produtos de Cannabis; pequenos produtores enfrentam criminalização (Reprodução/Dado Galdieri/Bloomberg/Getty Images Embed)




Investimento público e exclusão social

O financiamento da Ease Labs para a validação de um produto já disponível no mercado mostra um esforço concentrado em fortalecer uma indústria formal, estruturada e alinhada às exigências técnicas, mas que ainda não se reflete em políticas públicas que integrem e apoiem os pequenos e médios produtores.

Especialistas e ativistas apontam que a regulamentação precisa avançar para reduzir essas desigualdades e criar um ambiente que permita o desenvolvimento sustentável e democrático da cadeia produtiva da Cannabis medicinal no Brasil.

Um futuro de desafios e oportunidades

O projeto da Ease Labs, ao fazer parte da política da Nova Indústria Brasil (NIB), sinaliza um caminho de inovação e profissionalização do setor. Porém, para que o mercado seja realmente inclusivo, é necessário que avanços técnicos e investimentos públicos caminhem lado a lado com a revisão das práticas legais que hoje restringem os pequenos produtores.

A consolidação da indústria farmacêutica canábica não pode se dar à custa da exclusão daqueles que historicamente cultivam e utilizam a planta no país.




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