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,03/11/2025

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    THCV: o “canabinoide fitness” que pode rivalizar com os queridinhos do emagrecimento

    Entre a ciência cannabinoide e os tratamentos farmacológicos de ponta, surge uma alternativa natural que desperta interesse no universo da performance e do controle de peso


    THCV: o “canabinoide fitness” que pode rivalizar com os queridinhos do emagrecimento THCV canabinoide com potencial no controle do peso (Reprodução/Lord Of CBD)

    Nos últimos anos, medicamentos como Ozempic (semaglutida) e Mounjaro (tirzepatida) dominaram o debate sobre emagrecimento. De uso originalmente indicado para diabetes tipo 2, esses injetáveis caíram no gosto de celebridades e influenciadores por sua capacidade de reduzir o apetite e promover perdas de peso expressivas. Mas, enquanto os holofotes se voltavam para esses compostos sintéticos, um outro protagonista, de origem natural, começava a ganhar atenção no meio científico: o tetrahidrocanabivarin, ou THCV.

    O que a ciência já sabe sobre o THCV

    Presente em algumas variedades de Cannabis sativa, o THCV não compartilha os efeitos psicoativos clássicos do THC. Em doses específicas, atua como antagonista dos receptores CB₁, mecanismo que, segundo pesquisas, pode reduzir a ingestão calórica e modular circuitos cerebrais relacionados à recompensa alimentar.

    Estudos pré-clínicos mostram que o THCV pode regular o apetite, aumentar a saciedade, melhorar a sensibilidade à insulina e favorecer a tolerância à glicose — fatores essenciais no controle de peso e na prevenção de doenças metabólicas. Além disso, propriedades anti-inflamatórias descritas na literatura sugerem um papel coadjuvante no combate à obesidade inflamatória, uma condição associada à resistência insulínica crônica.

    Um estudo publicado no Diabetes Care analisou pacientes com diabetes tipo 2 e observou que, após 13 semanas, o uso de THCV isolado reduziu significativamente a glicemia de jejum e melhorou a função das células beta pancreáticas, sem efeitos colaterais relevantes. É importante frisar: a maioria dos estudos ainda é de pequena escala e mais pesquisas em humanos são necessárias.



    THC vs THCV (Reprodução/The Joint)

    Comparando mundos: THCV x Ozempic x Mounjaro

    Enquanto Ozempic e Mounjaro agem mimetizando hormônios como GLP-1 (e, no caso do Mounjaro, também o GIP), promovendo retardamento do esvaziamento gástrico e maior sinalização de saciedade, o THCV atua por outra via — modulando o sistema endocanabinoide e influenciando receptores ligados ao controle central e periférico do metabolismo.

    Ozempic e Mounjaro apresentam resultados consistentes em estudos clínicos robustos: o primeiro com reduções médias de até 14% no peso corporal, e o segundo chegando a 20%, segundo dados publicados no JAMA Internal Medicine. O THCV, por sua vez, não apresenta números tão expressivos ainda, mas seu apelo está na origem natural, no perfil de segurança inicial promissor e no potencial de integrar a visão da medicina integrativa, incluindo dieta equilibrada, atividade física e outras terapias integrativas.

    Outro ponto relevante: enquanto os injetáveis exigem aplicação semanal e prescrição médica estrita, o THCV, quando regulamentado e manipulado em concentrações adequadas, pode ser administrado por via oral, integrando-se com mais facilidade a rotinas de bem-estar e performance física.

    O potencial de uma abordagem integrativa

    Na prática, o THCV não é um substituto imediato para os medicamentos farmacológicos já aprovados, mas um candidato a complementar planos de emagrecimento de forma menos invasiva e com foco no equilíbrio geral do organismo. Sua ação anti-inflamatória, combinada à modulação do apetite e ao impacto no metabolismo da glicose, o coloca em um espaço estratégico para quem busca resultados sustentáveis e alinhados a um estilo de vida ativo.

    À medida que a ciência avança, pode ser que vejamos o THCV ocupar um papel semelhante ao de suplementos de alta performance — não como “solução milagrosa”, mas como ferramenta de otimização metabólica com suporte científico crescente. E, para um público cada vez mais interessado em unir tecnologia, natureza e ciência, esse canabinoide pode muito bem se tornar o “fitness natural” que faltava no tabuleiro do emagrecimento.




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