Começa nesta quinta-feira (16) a segunda edição do Fórum Nordeste de Economia Circular, que será realizada no Paço do Frevo, no Bairro do Recife, Pernambuco. O encontro tem como objetivo discutir soluções inovadoras e sustentáveis para diferentes setores da indústria, destacando o crescimento do uso do cannabis medicinal e do cânhamo industrial. Esses dois segmentos vêm ganhando espaço tanto na área da saúde quanto em aplicações industriais, revelando novas possibilidades de desenvolvimento econômico e social na região.

Entre os destaques do evento está a participação de associações de pacientes, como a Aliança Medicinal, que representa a primeira fazenda urbana de cannabis medicinal do país. Sem fins lucrativos, a iniciativa busca garantir o acesso de pacientes a medicamentos derivados da planta, oferecendo produtos com padrões de qualidade e preços acessíveis. Instalado em Olinda, na Região Metropolitana do Recife, o projeto atua em prol de pacientes que lutam pela regulamentação da cannabis para fins terapêuticos, defendendo o uso responsável e cientificamente embasado da planta.

Cultivo autorizado e medicamentos disponíveis

Para viabilizar a produção dos medicamentos, a Aliança Medicinal obteve uma liminar judicial que permite o cultivo da cannabis e a fabricação de fármacos para uso medicinal. Essa autorização representa um passo importante para pacientes que dependem de tratamentos à base da planta, garantindo segurança jurídica e qualidade nos produtos oferecidos. A iniciativa também reforça o potencial da cannabis medicinal como alternativa terapêutica para diversas condições de saúde que ainda carecem de soluções eficazes com medicamentos tradicionais.

Experiência de profissionais e expansão do uso terapêutico

Na sexta-feira (17), às 11h, a médica Rafaela Espósito, representante da Aliança Medicinal, participará da mesa “Os diversos usos da cannabis medicinal e do cânhamo industrial”. Durante a apresentação, ela compartilhará sua experiência como mentora de médicos interessados em prescrever a cannabis medicinal aos pacientes. Além de médicos, a prescrição também pode ser feita por dentistas e veterinários, ampliando o alcance terapêutico da planta.

Fórum debate alternativas terapêuticas e industriais da planta, promovendo inovação e sustentabilidade (Foto: Reprodução/Instagram/@nordesteeconomiacircular)

“Estamos vivendo uma transformação social com a cannabis medicinal, atuando em múltiplas condições e patologias que antes não tinham tratamento adequado com remédios convencionais. O estigma ainda existe, mas está sendo superado pelos benefícios que a planta oferece aos pacientes”, declara Espósito. O Fórum Nordeste de Economia Circular, ao promover debates sobre o tema, reforça a importância da cannabis e do cânhamo industrial no desenvolvimento sustentável e na saúde em Pernambuco.