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,04/11/2025

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    Ofensiva contra cultivos domésticos: plantações de maconha são alvo em quatro estados

    Entre os dias 22 e 26, operações em São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Distrito Federal resultam na apreensão de centenas plantas e equipamentos de cultivo


    Ofensiva contra cultivos domésticos: plantações de maconha são alvo em quatro estados Cultivo apreendido em Curitiba (PR) | Reprodução/PMPR

    Entre os dias 22 e 26, cultivos domésticos de cannabis foram alvo de operações em quatro estados, São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Distrito Federal. Centenas de pés da planta, flores, sementes e equipamentos de iluminação e climatização foram apreendidos, reacendendo o debate sobre o uso medicinal da cannabis e a criminalização do cultivo indoor no país.

    Estufas domésticas sob mira 

    No dia 26, no bairro Maria Luiza, em Cascavel (PR), foram apreendidos pés de maconha nos fundos de uma residência durante atendimento a uma ocorrência de violência doméstica. O jovem de 22 anos foi detido, e o material encaminhado para perícia.


    Reprodução/PMPR

    Em Hortolândia (SP), no dia 25, foram encontradas duas estufas avaliadas em R$ 500 mil, com cerca de cem pés de cannabis, 800 gramas de flores e 70 recipientes de sementes. O morador de 30 anos alegou uso pessoal, mas a estrutura, supostamente incompatível, levou à detenção.



    Reprodução/PMSP

    No Distrito Federal, em Vicente Pires, no dia 22, foram apreendidos 53 pés de maconha, 17 frascos de fertilizantes, uma balança de precisão e um vaporizador de secagem. A ação foi confirmada após imagens de drone registrarem a plantação, e o morador foi detido.



    Reprodução/ROTAM

    Na zona leste de São Paulo, em Sapopemba, também no dia 22, um sobrado foi encontrado com sistema de dutos, climatizador de ar e iluminação artificial, configurando uma estrutura completa para cultivo de cannabis. A residência foi considerada uma “casa bomba”, mas os responsáveis não foram localizados.


    Reprodução/PMSP


    Operações em Paraná e Minas Gerais

    Em Curitiba (PR), bairro Campo Comprido, no dia 23, uma estufa com 350 plantas foi localizada em uma residência alugada por R$ 6 mil mensais, com investimento estimado em R$ 100 mil. O suspeito tentou fugir, mas acabou detido.


    Reprodução/PMPR


    Em Uberlândia (MG), bairro Jardim das Palmeiras, também no dia 23, uma casa funcionava como complexo de produção com 160 pés de cannabis em diferentes estágios de crescimento, tendas, lâmpadas e adubos. Os responsáveis continuam foragidos.

    Criminalização versus uso medicinal

    Especialistas destacam que, muitas vezes, a sofisticação das estufas não indica comércio ilegal, mas tentativas de controle de qualidade para uso medicinal, especialmente diante da dificuldade de acesso à cannabis regulada via Anvisa ou associações. No entanto, sem respaldo legal, os cultivos continuam sendo tratados como crime, mesmo quando destinados à saúde do próprio usuário.

    Enquanto o Congresso e o STF discutem limites para o porte e o cultivo de pequenas quantidades de cannabis, essas operações mostram que a repressão ao cultivo doméstico permanece intensa. O contraste entre autonomia terapêutica e criminalização evidencia a urgência de regulamentação que diferencie claramente uso medicinal de comercialização.





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