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,04/11/2025

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    Mulher é agredida em bar de Curitiba após suspeita de uso de maconha

    Agressão por segurança reacende debate sobre violência contra mulheres no Paraná


    Mulher é agredida em bar de Curitiba após suspeita de uso de maconha Jovem agredida por segurança após acusação de maconha | Reprodução/Instagram

    Uma discussão em torno do suposto uso de maconha acabou em agressão física dentro de um bar no centro de Curitiba na noite de quarta-feira (1º). A vítima, uma jovem de 27 anos, foi brutalmente atacada por um segurança do local. O episódio reacendeu debates sobre violência de gênero em ambientes de lazer e sobre como a criminalização da cannabis ainda serve como justificativa para episódios de abuso.

    Abordagem sob pretexto de maconha termina em agressão brutal

    De acordo com o registro policial, Kennedy Felipe Teixeira Barbosa dos Reis, de 37 anos, abordou um grupo de jovens em frente ao bar Invasão do Teatro em Curitiba, na Rua Amintas de Barros, dizendo que o cheiro de maconha estaria incomodando clientes. O homem teria se identificado falsamente como policial, embora essa informação não corresponda à realidade. Pouco tempo depois, quando a jovem entrou no bar para comprar um refrigerante, foi alvo da violência.

    Segundo o relato da vítima, ao negar que estivesse consumindo cannabis, ouviu do agressor que deveria se calar. Testemunhas confirmaram que o suposto segurança sacou um simulacro de arma e, em seguida, a agrediu com socos, puxões de cabelo e empurrões, antes de expulsá-la à força do local.





    Vídeo mostra o momento das agressões (Reprodução/Instagram/@renatofreitas)


    A agressão é também um exemplo de violência contra mulheres em Curitiba, e a jovem reforçou que o caso vai além de um conflito isolado, mostrando a utilização do estigma da maconha como pretexto para intimidação. “Esse ato covarde e desproporcional é também uma violência contra mulheres. Não pode ser tratado como um excesso, mas como crime que precisa ser denunciado e punido”, disse ao portal Bem Paraná.

    Repercussão cultural e política pressiona por justiça em Curitiba

    A repercussão foi imediata. Coletivos culturais da cidade, como a Batalha da Menô, publicaram notas de repúdio, denunciando que espaços culturais em Curitiba não podem se transformar em cenários de agressões machistas. A deputada estadual Ana Júlia (PT) ofereceu apoio jurídico à vítima e defendeu políticas públicas mais firmes contra a violência de gênero.

    O bar, por sua vez, publicou em rede social que irá encerrar as atividades, alegando impossibilidade psicológica e financeira de continuar após o caso. Apesar da nota afirmar que o agressor não possuía vínculo formal, o boletim de ocorrência aponta que ele atuava como segurança no local.

    O episódio evidencia não apenas a persistência da violência contra mulheres em bares e espaços de lazer, mas também como a simples menção à maconha em ambientes públicos ainda serve como gatilho para situações de abuso, intimidação e criminalização social.




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