Defesa de Melissa Said afirma que prisão é injusta
Defensores da influenciadora canábica afirmam que ela usa maconha apenas para fins medicinais e pedem cautela da imprensa com informações vazadas
 Melissa Said está detida em Salvador desde a última quarta-feira (22) | Reprodução/Instagram/@melissasaid              A influenciadora digital Melissa Said foi detida na última quarta-feira (22) durante uma operação policial que apura possível envolvimento em atividades ilícitas relacionadas à cannabis e movimentações financeiras atípicas. O caso corre sob sigilo judicial, e as autoridades ainda não divulgaram oficialmente detalhes da investigação.
Em nota pública divulgada nesta segunda-feira (27), os advogados Rebecca Lima Santos, Caio Crusco de Tomim e Daniel Morimoto, responsáveis pela defesa de Melissa, afirmaram que as acusações “não são verdadeiras” e que a influenciadora “recebeu com surpresa a operação policial e ficou incrédula com as acusações”.
Defesa alega uso medicinal e nega qualquer prática irregular
De acordo com os advogados, a relação de Melissa com a maconha é “estritamente voltada ao uso pessoal e medicinal, com a devida prescrição médica”. A defesa reforça que não há qualquer indício de envolvimento da influenciadora com práticas ilícitas e que o uso da substância tem finalidade terapêutica, devidamente acompanhada por profissionais da saúde.
Nota oficial divulgada nesta segunda-feira (27) pela defesa de Melissa Said nega irregularidades e afirma que a influenciadora faz uso medicinal da maconha, com prescrição médica (Reprodução/Instagram/@melissasaid)
Ainda conforme a nota, Melissa é conhecida por seu trabalho nas redes sociais, onde produz conteúdo informativo e de humor com o objetivo de desmistificar os preconceitos e tabus em torno da cannabis. Os representantes afirmam que as publicações da influenciadora têm caráter educativo e que “em nada se relacionam com qualquer tipo de comércio ou atividade irregular”.
Defesa pede cautela da imprensa e respeito à presunção de inocência
A equipe jurídica também pediu cautela aos meios de comunicação na divulgação de informações sobre o caso, alertando para a circulação de dados “obtidos por meio de vazamentos ilegais de conteúdo sigiloso”. Segundo a nota, a exposição indevida pode violar princípios éticos do jornalismo e o direito à presunção de inocência.
“Condutas que desconsideram tais princípios têm potencial de causar — e, no presente caso, já vêm causando — danos irreversíveis à imagem e à dignidade de uma pessoa que sequer teve a oportunidade de exercer plenamente seu direito de defesa”, afirmam os advogados.
A defesa conclui dizendo confiar na Justiça e ressalta que Melissa “permanece à disposição para colaborar com as autoridades, esclarecer os fatos e contribuir para que a verdade prevaleça”.
 

 
 
 
 
 
 
 


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