Membro da Marcha da Maconha Lapa envolvido com governo de direita gera controvérsia


Na cidade do Rio de Janeiro, atualmente existem duas Marchas da Maconha: a do Rio de Janeiro, que ocorre anualmente em Ipanema, e a mais recente, a Marcha da Maconha Lapa. Esta última chama a atenção por ter um membro ligado ao atual governo bolsonarista do estado do Rio de Janeiro, que é responsável por grandes chacinas contra a população das favelas.

O membro da Marcha da Maconha Lapa vinculado ao governo de direita é Pedro Vicente Canesin Bittencourt, que ocupa um cargo comissionado na Secretaria de Estado da Casa Civil. De acordo com dados obtidos através do portal da transparência do estado do Rio de Janeiro, Pedro recebe um salário mensal de 10 mil reais. Na última folha de pagamento, referente ao mês de junho, ele recebeu 12.500 reais, com um desconto de R$2.500,84 e um adicional de 5 mil reais, referente à primeira parcela do décimo terceiro salário.

Pedro é discreto e não parece se envolver muito publicamente. Quando fazia parte da Marcha da Maconha Rio de Janeiro, escondeu sua participação no governo de Cláudio Castro, o que resultou em sua expulsão, conforme comunicado do próprio movimento. Seu companheiro, Thiago, também foi expulso por judicializar ações contra militantes e utilizar capturas de tela onde um deles afirmava ter um cultivo de maconha em casa. Ambos são membros do Movimento Pela Legalização da Maconha Rio de Janeiro (MLM).

A Articulação Nacional das Marchas está ciente de que Pedro atua diretamente no gabinete do governador bolsonarista Cláudio Castro e é testemunha em processos contra militantes da esquerda. No entanto, isso nunca foi um problema para a articulação, que parece ignorar o fato de Cláudio Castro ser responsável por três das cinco maiores chacinas policiais da história do Rio de Janeiro. Não enxergam nenhuma controvérsia em ter alguém diretamente ligado esse governo dentro do movimento.

Pedro continua atuando na Marcha Lapa, que pode ser considerada uma versão de direita da Marcha da Maconha, além de trabalhar no gabinete de seu chefe, o governador bolsonarista Cláudio Castro. Protegido por muitos dentro do movimento em prol da legalização da maconha, ele nos mostra que não é necessário ter princípios para estar em um movimento antiproibicionista e, ao mesmo tempo, apoiar quem promove a proibição.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Estande que Custou 7 Mil Dólares é Fechado no Último Dia da ExpoCannabis Brasil

Conheça o Esquema que Cassiano Gomes Utilizou por Meio de Raul Diniz para Desviar Dinheiro da ABRACE

Morre Tassio Bacelar Após Queda de Bicicleta em Salvador, BA.