Influenciadoras Canábicas Brasileiras Participam de Evento nos EUA acusado de Poluir o Meio Ambiente

 Fotografia: Oliya Scootercaster

As influenciadoras digitais canábicas, Luna Vargas e Alice Reis, estão marcando presença no evento Burning Man, que teve início em 27 de agosto e se estenderá até 4 de setembro, no deserto de Nevada, EUA. O Burning Man, um experimento social colaborativo e de contracultura, realizado anualmente desde 1986, tem passado por mudanças significativas nos últimos anos, conforme destacado pelo jornal britânico The Guardian em seu artigo de 28 de agosto.

Segundo o jornal, o evento, antes associado às raízes hippies, agora chama atenção por trailers de luxo, festas extravagantes e a presença de jovens abastados do Vale do Silício. Neste ano, o Burning Man também se viu marcado por protestos conduzidos por ativistas climáticos preocupados com os danos ambientais causados pelo evento.

Os ativistas, agrupados sob a coalizão "Sete Círculos", que engloba organizações como Extinction Rebellion, Rave Revolution e Scientist Rebellion, bloquearam o acesso ao evento, causando longos engarrafamentos e impedindo a chegada dos participantes. Eles demandaram restrições como a proibição de jatos particulares, de plásticos descartáveis, bem como a redução do uso de geradores e emissão de propano.

Devido à geração excessiva de resíduos, as autoridades limitaram a participação no Burning Man a 80 mil pessoas. Em 2019, o evento foi responsável pela emissão de mais de 100.000 toneladas de CO2. Em entrevista ao jornal, Tommy Diacono, co-fundador da Rave Revolution, afirmou que o Burning Man atrai a elite que busca um ambiente livre de classes sociais e dinheiro, mas a presença de jatos particulares e consumo de propano contradiz tal ideia.

Emily Collins, outra co-fundadora da Rave Revolution, comentou que muitos frequentadores têm uma mentalidade tecnocrática e privilegiada, acreditando estar contribuindo para a sustentabilidade somente por adotarem práticas como veganismo e uso de carros elétricos.

Contudo, parece que as preocupações ambientais não impactam as influenciadoras canábicas brasileiras, especialmente Luna Vargas. Ela mantém em sua mansão em Caraíva, Sul da Bahia, vilarejo tombado como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, um deck construído de maneira irregular e que as autoridades tentam remover desde 2004, sem sucesso, que acumula multas significativas por danos ambientais.

O dilema entre a cultura da maconha e a preservação do meio ambiente é evidente. Será que é possível conciliar esses valores ou as redes sociais nos instigam a aproveitar a onda de eventos internacionais controversos, deixando de lado as preocupações ambientais?

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