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,04/11/2025

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    THC no Japão: executivo de gigante de bebidas é investigado por importar suplementos de cannabis

    Empresário afirmou desconhecer o teor psicoativo dos produtos, importados dos EUA, e pediu desculpas por sua “desatenção”


    THC no Japão: executivo de gigante de bebidas é investigado por importar suplementos de cannabis Takeshi Niinami é executivo da gigante de bebidas Suntory (Reprodução/Instagram/@crystalballmkts)

    Takeshi Niinami, uma das figuras mais influentes do empresariado japonês, renunciou à presidência da Suntory, gigante do setor de bebidas no Japão, após ser investigado por suposta importação de suplementos que continham derivados da maconha. O executivo afirma que acreditava na legalidade dos produtos.

    Em entrevista coletiva, o executivo declarou: “Estou convicto de que não infringi nenhuma lei e me considero inocente”. Ele também explicou que decidiu se afastar da empresa para evitar que a polêmica atingisse a reputação da Suntory.

    Produtos nunca chegaram às suas mãos

    Segundo Niinami, os suplementos foram comprados nos Estados Unidos com recomendação de um consultor de saúde de Nova York. Ele disse acreditar que eram legais, já que produtos semelhantes circulam no mercado japonês.

    No entanto, a encomenda não teria sido entregue a ele. De acordo com sua versão, a família pode ter descartado o pacote, como costuma acontecer com remessas de origem desconhecida. Posteriormente, uma segunda remessa foi organizada por um contato seu e enviada ao Japão com ajuda do irmão dessa pessoa, residente em Fukuoka, que acabou preso durante a operação policial. Niinami reforçou que nunca teve posse dos suplementos investigados.

    Niinami se defende em coletiva sobre suplementos de cannabis (Reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)

    Leis rigorosas sobre drogas no Japão

    A legislação japonesa impõe severas punições envolvendo produtos com THC. A posse de quantidades acima do limite legal pode resultar em até sete anos de prisão, mesmo em casos de alegado desconhecimento do conteúdo. Já a importação sem autorização pode levar a até dez anos de prisão ou multa de até 5 milhões de ienes.

    Por outro lado, o uso de CBD, outro composto da cannabis sem efeitos psicoativos, é permitido no país. Foi justamente essa distinção que Niinami disse acreditar ter seguido ao adquirir os suplementos.

    Outros casos de executivos estrangeiros

    O caso de Niinami não é o primeiro a envolver grandes nomes do setor corporativo em conflitos com as leis de drogas japonesas. O alemão Stefan Kaufmann, ex-CEO da Olympus, foi condenado em Tóquio no fim de 2023 a dez meses de prisão, com pena suspensa por três anos, após adquirir substâncias proibidas.

    Em 2015, a executiva americana Julie Hamp, da Toyota, foi presa sob acusação de importar ilegalmente oxicodona, mas acabou liberada pouco depois.




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