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,07/11/2025

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    Universidade Federal Rural de Pernambuco lança campanha por primeiro banco genético de Cannabis do Nordeste

    Proposta concorre em votação aberta ao público e disputa recursos parlamentares para criar laboratório e acervo científico pioneiro dedicado à planta


    Universidade Federal Rural de Pernambuco lança campanha por primeiro banco genético de Cannabis do Nordeste Estudos com cannabis ganham força na UFRPE | Reprodução/UFRPE

    A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) está articulando uma mobilização interna e externa para garantir recursos destinados à instalação de um Banco Ativo de Germoplasma de Cannabis, uma estrutura inédita no Nordeste voltada à preservação, ao estudo e ao desenvolvimento científico relacionado à planta. A iniciativa concorre na votação popular que definirá as emendas parlamentares do deputado federal Túlio Gadêlha (Rede), aberta até o dia 8 de novembro (vote aqui).

    Para ser colocada em prática, a proposta necessita de cerca de R$ 1 milhão, montante previsto para erguer o prédio, implementar protocolos de segurança, adquirir insumos e equipar o laboratório. Os responsáveis pelo projeto explicam que o banco permitirá manter e analisar a variabilidade genética da cannabis, garantir material confiável para estudos acadêmicos e estimular melhorias em cultivares voltadas à produção de fibras industriais. A expectativa é de que o espaço envolva várias áreas de conhecimento, como agronomia, agroecologia, farmácia, biotecnologia, biologia, zootecnia e medicina veterinária.

    O que é um banco ativo de germoplasma

    Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), estruturas desse tipo reúnem células germinativas de plantas ou animais, preservadas após identificação e caracterização. Esse processo permite investigar características específicas, conservar qualidades essenciais e evitar a perda de atributos genéticos com o passar dos anos.



    Banco de germoplasma de soja da Embrapa (Reprodução/Embrapa)


    Para o engenheiro agrônomo e mestrando da UFRPE, Gabriel Quintiliano, o equipamento tem potencial para servir de referência para diversas linhas de pesquisa. “Além de nos ajudar a compreender e aprimorar variedades adaptadas ao semiárido, o banco vai fornecer sementes, fibras e flores para outras investigações dentro da universidade”, afirma.

    Votação popular e impacto científico

    A seleção ocorre dentro do programa Participa PE 2026, criado pelo mandato de Gadêlha para direcionar recursos via emendas parlamentares. Segundo a assessoria do deputado, mais de 200 propostas foram inscritas e habilitadas para disputa. Após o resultado, o parlamentar deve encaminhar o pedido à Câmara dos Deputados, mas a liberação dos valores está prevista apenas para o próximo ano.

    Se a iniciativa for contemplada, o Banco Ativo de Germoplasma de Cannabis poderá mudar o cenário da pesquisa sobre a planta em Pernambuco. Para Quintiliano, a estrutura representa um divisor de águas: “Vamos ter cerca de 700 plantas cultivadas dentro da cidade, de forma transparente, permitindo discutir o tema com seriedade, ciência e dados concretos”. Também participam da coordenação o pós-graduando Túlio de Luna e o professor Frederico Inácio Costa de Oliveira, do Departamento de Agronomia.




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